Produtores, cooperativas e armazenadores resistentes às novas normas de classificação e padrão do milho no país ainda não desistiram de convencer o governo federal a suspender ou adiar as modificações previstas pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura.
Pelas normas, o milho será classificado em três tipos, de acordo com qualidade e limites de tolerância de grãos quebrados, matérias estranhas e impurezas.
No RS, nem Fecoagro, nem Fundacep, nem Ocergs, possuem levantamento sobre o impacto que a nova classificação geraria. Mas, no Paraná, baseada nos critérios da consulta, a Ocepar apontou que 85% do milho produzido em solo paranaense não estaria em condições de ser comercializado. Pelos padrões atuais, 97% do milho do PR é enquadrado como um dos três tipos do grão, enfatiza Flávio Turra, diretor técnico da Ocepar. De acordo com o presidente da Comissão de Grãos da Farsul, Jorge Rodrigues, a confederação trabalha para abortar o processo. "Produzimos milho de qualidade e com boa aceitação no mercado. Além disso, não há nenhum indicativo de compensação comercial pelos padrões exigidos."
Fonte: Correio do Povo